Quase 30 anos já se passavam, desde os estudos iniciais, quando as obras da Usina Hidroelétrica Coaracy Nunes finalmente entram em sua fase decisiva, com a constituição das Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (ELETRONORTE), em 20 de junho de 1973, tendo a mesma por força do Decreto Presidencial No 74.303 de 19 de julho de 1974, encampado os bens e instalações vinculadas a concessão da produção de energia elétrica da Usina Hidroelétrica Coaracy Nunes e sistema de transmissão associado, cabendo a mesma, promover o desenvolvimento das obras e arregimentar e preparar o quadro de pessoal para a manutenção e operação da do sistema Coaracy Nunes.
A ELETRONORTE então assumiu o controle das obras, promoveu-se então a complementação das obras civis, concluiu a montagem, ajustes, recepção e testes operacionais dos equipamentos. Visando impedir instabilidades das unidades geradoras devido o pouco consumo de energia na capital, decidiu-se pela instalação de um dispositivo capaz de consumir parte da energia gerada (resistência liquida), ligada ao barramento de 15 Kv, capaz de dissipar uma potência média de 5 Mw. No mês de agosto, iniciaram-se os testes e ensaios no grupo gerador no 01 e em outubro o de no 02. Em setembro era energizado, em 69 Kv, o sistema de transmissão, incluindo a Subestação de Macapá, o que permitiu finalmente suprir a cidade com energia da Usina Hidroelétrica Coaracy Nunes a partir de 12 de outubro, em caráter experimental, até novembro quando teve início a operação comercial.
A inauguração oficial da Usina ocorreu no dia 13 de janeiro de 1976, o jornal A Província do Pará, assim noticiou sobre o acontecimento: “... foi inaugurada oficialmente às 10:17 minutos de ontem a Usina Hidroelétrica Coaracy Nunes, quando o Presidente Ernesto Geisel, ladeado por algumas das mais expressivas figuras da vida pública e política nacional, acionou o dispositivo da 1a turbina, em rápida solenidade realizada no andar superior do edifício onde se encontra instalado o complexo e moderno mecanismo da casa de força daquela unidade geradora.” (A PROVÍNCIA DO PARÁ, 14/01/76).

“... Esta obra, Sr. Presidente, com seus erros e acertos, é o retrato mesmo do pioneirismo da área - mesclagem do ideal propulsor com a adversidade das condições do meio e a insuficiênciade recursos humanos e materiais... Nada porém, invalida o trabalho e o ideal dos que a imaginaram, iniciaram e a executaram como o instrumento para o desenvolvimento desta área tão remota do Território Nacional.”( Parte do discurso do Cel. Raul Llano, Presidente da Eletronorte. A PROVÍNCIA DO PARÁ 14/01/76).
GILSON CARLOS
Historiador
Nenhum comentário:
Postar um comentário