quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A EXTINÇÃO DOS PROFESSORES

O ano é 2.020 D.C. - ou seja, daqui a oito anos - e uma conversa entre avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação:
  
  – Vovô, por que o mundo está acabando?
  
  A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo tom vem a resposta:
  
  – Porque não existem mais PROFESSORES, meu anjo.
  
  – Professores? Mas o que é isso? O que fazia um professor?
  
  O velho responde, então, que professores eram homens e mulheres elegantes e dedicados, que se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás, transmitiam conhecimentos e ensinavam as pessoas a ler, falar, escrever, se comportar, localizar-se no mundo e na história, entre muitas outras coisas. Principalmente, ensinavam as pessoas a pensar.
  
  – Eles ensinavam tudo isso? Mas eles eram sábios?
  
  – Sim, ensinavam, mas não eram todos sábios. Apenas alguns, os grandes professores, que ensinavam outros professores, e eram amados pelos alunos.
  
  – E como foi que eles desapareceram, vovô?
  
  – Ah, foi tudo parte de um plano secreto e genial, que foi executado aos poucos por alguns vilões da sociedade. O vovô não se lembra direito do que veio primeiro, mas sem dúvida, os políticos ajudaram muito. Eles acabaram com todas as formas de avaliação dos alunos, apenas para mostrar estatísticas de aprovação. Assim, sabendo ou não sabendo alguma coisa, os alunos eram aprovados. Isso liquidou o estímulo para o estudo e apenas os alunos mais interessados conseguiam aprender alguma coisa.
  
  Depois, muitas famílias estimularam a falta de respeito pelos professores, que passaram a ser vistos como empregados de seus filhos. Estes foram ensinados a dizer “eu estou pagando e você tem que me ensinar”, ou “para que estudar se meu pai não estudou e ganha muito mais do que você” ou ainda “meu pai me dá mais de mesada do que você ganha”. Isso quando não iam os próprios pais gritar com os professores nas escolas. Para isso muito ajudou a multiplicação de escolas particulares, as quais, mais interessadas nas mensalidades que na qualidade do ensino, quando recebiam reclamações dos pais, pressionavam os professores, dizendo que eles não estavam conseguindo “gerenciar a relação com o aluno”. Os professores eram vítimas da violência – física verbal e moral – que lhes era destinada por pobres e ricos. Virou saco de pancadas de todo mundo.
  
  Além disso, qualquer proposta de ensino sério e inovador sempre esbarrava na obsessão dos pais com a aprovação do filho no vestibular, para qualquer faculdade que fosse. “Ah, eu quero saber se isso que vocês estão ensinando vai fazer meu filho passar no vestibular”, diziam os pais nas reuniões com as escolas. E assim, praticamente todo o ensino foi orientado para os alunos passarem no vestibular. Lá se foi toda a aprendizagem de conceitos, as discussões de idéias, tudo, enfim, virou decoração de fórmulas. Com a Internet, os trabalhos escolares e as fórmulas ficaram acessíveis a todos, e nunca mais ninguém precisou ir à escola para estudar a sério.
  
  Em seguida, os professores foram desmoralizados. Seus salários foram gradativamente sendo esquecidos e ninguém mais queria se dedicar à profissão. Quando alguém criticava a qualidade do ensino, sempre vinha algum tonto dizer que a culpa era do professor. As pessoas também se tornaram descrentes da educação, pois viam que as pessoas “bem sucedidas” eram políticos e empresários que os financiavam, modelos, jogadores de futebol, artistas de novelas da televisão, sindicalistas – enfim, pessoas sem nenhuma formação ou contribuição real para a sociedade.
  
   Este texto  circula na internet desde 2009. Mas como ele se mantém atualizadíssimo, vale repassá-lo para os nossos amigos. Trata-se apenas de uma opinião de um autor desconhecido.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

DOUTRINA X COSTUMES

A postura da igreja em determinados assuntos tem causado uma certa confusão no meio do povo. Sempre é extremista, ou de um ponto de vista ou de outro. Na questão de costumes, muitos não sabem definir biblicamente o seu significado, daí, interpetram todo tipo de regras como se fossem doutrinas.

DOUTRINA BÍBLICA – O termo 'doutrina' significa :

1 - Conjunto de dogmas e princípios que fundamentam um sistema ideológico, filosófico, político, religioso etc. (doutrina marxista, doutrina cristã).
2 - Crença ou conjunto de crenças que são vistas como verdades absolutas pelos que nelas acreditam.
3 -  Conjunto de princípios que um governo toma como base para sua ação no campo político e social.
4 - Sistema adotado por cada pessoa para pautar seu procedimento, comportamento etc.; NORMA; REGRA.
5 - Tudo que é objeto de ensino; disciplina.
6 - Instrução, ciência, erudição. (Dicionário Aulete).

Portanto, doutrina Bíblica é todo ensino da Bíblia tomado como regra de vida ou crença. Uma doutrina só é tida como verdadeira, quando confirmada por várias passagens Bíblicas. Ex. Doutrina do Pecado; Doutrina da Salvação; Doutrina de Deus; Escatologia; Angeologia; Cristologia, etc...

Sobre doutrina leia mais: Isaías 29:24, Mateus 7:28, Mateus 15:9, Mateus 16.12, Marcos 1:22,27,  Atos 2:42, Gálatas 1:8,9, Colossenses 2:22,  I Timóteo 4:1,  Romanos 16:17, Efésios 4:14,  I Timóteo 1:3-5,  Hebreus 13:9,  II João 1:10

COSTUMES E TRADIÇÕES – O termo 'costume' significa:

1 - Prática ou comportamento habitual; HÁBITO; PRAXE; ROTINA.
2 - Prática ou modo de viver comum a uma comunidade ou povo; COMPORTAMENTO; CONDUTA.
3 - Legislação introduzida pelo uso, não escrita
4 - Moda, uso.
5 - Característica, peculiaridade.

Costume vem a ser, portanto, o modo como uma comunidade vai viver. Os povos mencionados na Bíblia possuíam vários costumes, variando de acordo com o tempo, lugar e cultura da região. O costume não podem ser colocado no mesmo grau de importância com a doutrina biblica. A Bíblia respeita a individualidade de cada ser humano, como também cada povo separadamente. Quando uma respectiva nação praticava um costume fora da vontade de Deus, a Bíblia é bem clara (Levítico 20:23) - E não andeis nos costumes das nações que eu expulso de diante de vós, porque fizeram todas estas coisas; portanto fui enfadado deles.

Quanto ao assunto em pauta não devemos esquecer o que a Palavra diz:
Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. (Efésios 4:14)
Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão. (Colossenses 2:18)
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de iniqüidade. (Mateus 23:25)
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia. (Mateus 23:27).

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

IGREJA X POBRES

O dinheiro não é tudo na vida. A Bíblia diz em Provérbios 13:7-8 “Há quem se faça rico, não tendo coisa alguma; e quem se faça pobre, tendo grande riqueza. O resgate da vida do homem são as suas riquezas; mas o pobre não tem meio de se resgatar.”

Ainda que o mundo honre os ricos, não se surprenda com o fato de que Deus honra os pobres. A Bíblia diz em Tiago 2:5 “Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que são pobres quanto ao mundo para fazê-los ricos na fé e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam?”

Devemos ajudar os pobres com diligência. A Bíblia diz em Gálatas 2:10 “Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres; o que também procurei fazer com diligência.”

É pecado ignorar os necessitados. A Bíblia diz em Amós 5:12 Pois sei quantas são as suas transgressões e quão grandes são os seus pecados. Vocês oprimem o justo, recebem suborno e impedem que se faça justiça ao pobre nos tribunais”


Deus abençoa os que ajudam os pobres. A Bíblia diz em Salmos 41:1 “Bem-aventurado é aquele que considera o pobre; o Senhor o livrará no dia do mal.”

Honramos a Deus quando cuidamos dos pobres. A Bíblia diz em Provérbios 14:31 “O que oprime ao pobre insulta ao seu Criador; mas honra-o aquele que se compadece do necessitado.”

Deus promete recompensar os que ajudam os pobres. A Bíblia diz em Isaías 58:7-11 “Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desamparados? que vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne? Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará. e a tua justiça irá adiante de ti; e a glória do Senhor será a tua retaguarda. Então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente; e se abrires a tua alma ao faminto, e fartares o aflito; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio dia. O Senhor te guiará continuamente, e te fartará até em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca falham.”

BETEL ou BETE-AVEN ?

Betel, cidade localizada 20 km ao norte de Jerusalém, tem uma história cheia de significado. Faremos bem aprendendo e aplicando em nossas vidas as lições de Betel.

ABRÃO ADORA EM BETEL
Abrão deixou Ur dos caldeus ... Parou em Siquém, e depois edificou um altar entre Ai e Betel, onde "invocou o nome do Senhor" (Gn 12:8). Abrão continuou a sua jornada ao sul e estabeleceu residência no Neguebe. Passou algum tempo no Egito e voltou novamente para o Neguebe, de onde fazia viagens a Betel para invocar o nome de Deus (Gn 13:3-4). Betel, para o patriarca Abrão, foi um lugar de encontro com Deus. Tornou-se a casa de Deus.

JACÓ ENCONTRA DEUS EM BETEL
Embora o autor de Gênesis tenha usado o nome Betel quando falou de Abrão, a cidade adotou esse nome duas gerações mais tarde. Quando a contenda entre Jacó e Esaú chegou ao ponto de o mais velho querer matar o mais novo, Jacó fugiu de sua terra e procurou seus parentes em Padã-Arã. No final do primeiro dia de viagem, ele parou em uma cidade chamada Luz. Durante a noite, Deus apareceu a Jacó e lhe mostrou uma escada da terra ao céu, pela qual anjos desciam e subiam. Deus repetiu a Jacó as três partes da grande promessa feita a Abrão em Gênesis 12: Terra prometida; Povo numeroso; Bênçãos para todas as famílias da terra por meio de seu descendente. Quando acordou, Jacó disse: "Na verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. E temendo, disse: Quão temível é este lugar! É a casa de Deus, a porta dos céus". Jacó mudou o nome do lugar, chamando-o de "Betel", que significa "casa de Deus" (Gn 28:1-22). Jacó habitou 20 anos em Padã-Arã. Casou-se, teve filhos e tornou-se rico. Quando voltou para sua terra, ficou algum tempo em Siquém. Quando Deus o chamou para voltar a Betel, Jacó mandou que todos de sua família se purificassem antes de subir à casa de Deus. Ele fez um altar e o chamou de "El-Betel", que significa "Deus da Casa de Deus" (Gn 35:1-7).

BETEL: A CASA DE DEUS
A importância de Betel como um lugar de encontros com Deus continuou por mais de 800 anos, até o início do reino de Israel. Era um dos lugares onde Samuel julgava o povo (1 Sm 7:16). Quando Saul foi ungido rei, encontrou homens que estavam "subindo a Deus a Betel" (1 Sm 10:3).

UMA MUDANÇA TRISTE
Infelizmente, Betel perdeu a honra de ser a casa de Deus. Jeremias, escrevendo 400 anos depois de Samuel, disse que "a casa de Israel se envergonhou de Betel" (Jr 48:13). Por quê? O profeta Oséias, um século antes de Jeremias, explica o motivo dessa triste mudança. Repetidamente, Oséias se refere a Betel com outro nome, "Bete-Áven". Veja as palavras desse profeta: "...não subais a Bete-Áven..." (Os 4:15); "Levantai gritos em Bete-Áven" (Os 5:8). Em vez de Betel, Oséias usa esse outro nome. Bete-Áven quer dizer "Casa do Nada" ou "Casa de Vaidade". Como é que a Casa de Deus tornou-se a Casa do Nada? Oséias explica: "Os moradores de Samaria serão atemorizados por causa do bezerro de Bete-Áven... e os sacerdotes idólatras tremerão por causa da sua glória, que já se foi.... Israel se envergonhará por causa de seu próprio capricho.... E os altos de Áven, pecado de Israel, serão destruídos..." (Os 10:5-8). O pecado, a idolatria e, especificamente, o bezerro de ouro foram motivos para o declínio de Betel. A casa de Deus tornou-se a casa de vaidade. O Senhor não habitou mais na cidade onde Abrão, Jacó, Samuel e outros o encontravam. Ele foi expulso de sua própria casa. Caro leitor que a sua casa para sempre seja casa de Bençãos, uma verdadeira Betel, local onde o Senhor nosso Deus habita, não deixe se tornar em em uma Bete- Aven, uma casa de vaidade.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

BÍBLIA: LIVROS APÓCRIFOS

Conforme postagem anterior, esses livros e fragmentos adicionais são chamados de deuterocanônicos , pelos católicos, e de apócrifos, pelos protestantes. Os apócrifos (ou deuterocanônicos) foram produzidos, em sua maioria, durante os dois últimos séculos a.C. Embora não fizessem parte da Bíblia hebraica dos judeus da Palestina, eles foram incorporados à tradução da Bíblia ao latim, segue um pequeno resumo do que cada livro trata. 
Tobias: Este livro contém a narração da vida de certo Tobias de Neftali, homem piedoso, que tinha um filho de igual nome, O pai havia perdido a vista. O filho, tendo de ir a Rages na Média, para cobrar uma dívida, foi levado por um anjo a Ecbatana, onde fez um casamento romântico com uma viúva que, tendo-se casado sete ve­zes, ainda se conservava virgem. Os sete maridos haviam sido mortos por Asmodeu, o mau espírito nos dias de seu casamento. Tobias, porém, foi animado pelo anjo a tornar-se o oitavo marido da virgem-viúva, escapando à morte, com a queima de fígado de peixe, cuja fumaça afugentou o mau espírito. Voltando, curou a cegueira de seu pai esfregando-lhe os escurecidos olhos com o fel do peixe que já se tinha mostrado tão prodigioso. O livro de Tobias é manifestamente um conto moral e não uma história real. A data mais provável de sua publicação é 350 ou 250 a 200 A.C.
Judite: E a narrativa, com pretensões a história, do modo por que uma viúva judia, de temperamento masculino, se recomendou às boas graças de Holofernes, comandante-chefe do exército assírio, que sitiava Betúlia. Aproveitando-se de sua intimidade na tenda de Holofernes, tomou da espada e cortou-lhe a cabeça enquanto ele dormia. A narrativa está cheia de incorreções, de anacronismos e de absurdos geográficos. É mesmo para se duvidar que exista alguma cousa de verdade; talvez que o seu autor se tenha inspirado nas histórias de Jael e de Sisera, Jz 4.17-22. A primeira referência a este livro, encontra-se em uma epístola de Clemente de Roma, no fim do primeiro século. Porém o livro de Judite data de 175 a 100 A. C., isto é, 400 ou 600 anos depois dos fatos que pretende narrar. Dizer que naquele tempo Nabucodonosor reinava em Nínive em vez de Babilônia não parecia ser grande erro, se não fosse cometido por um contemporâneo do grande rei.
Sabedoria de Salomão: Este livro é um tratado de Ética recomendando a sabedoria e a retidão, e condenando a Iniqüidade e a idolatria. As passagens salientam o pecado e a loucura da adoração das imagens, lembram as passagens que sobre o mesmo assunto se encontram nos Salmos e em Isaías (compare: Sabedoria 13.11-19, com Salmos 95; 135.15-18 e Isaias 40.19-25; 44.9-20). É digno de nota que o autor deste livro, referindo-se a incidentes históricos para ilustrar a sua doutrina, limita-se aos fatos recordados no Pentateuco. Ele escreve em nome de Salomão; diz que foi escolhido por Deus para rei do seu povo, e foi por ele dirigido a construir um templo e um altar, sendo o templo feito conforme o modelo do tabernáculo. Era homem genial e piedoso, caracterizando-se pela sua crença na imortalidade. Viveu entre 150 e 50 ou 120 e 80, A.C. Nunca foi formalmente citado, nem mesmo a ele se referem os escritores do Novo Testamento, porém, tanto a linguagem, como as correntes de pensamento do seu livro , encontram paralelos no Novo Testamento (Sab. 5.18-20; Ef 6.14-17; Sab. 7.26, com Hb 1.2-6 e Sab. 14.13-31 com Rm 1.19-32).
Eclesiástico: também denominado Sabedoria de Jesus, filho de Siraque. É obra comparativamente grande, contendo 51 capítulos. No capítulo primeiro, 1-21, louva-se grandemente o sumo sacerdote Simão, filho de Onias, provavelmente o mesmo Simão que viveu entre 370 - 300, A.C. O livro deveria ter sido escrito entre 290 ou 280 A.C., em língua hebraica. O seu autor, Jesus, filho de Siraque de Jerusalém, Eclus 1.27, era avô, ou, tomando a palavra em sentido mais lato, antecessor remoto do tradutor. A tradução foi feita no Egito no ano 38, quando Evergeto era rei. Há dois reis com este nome, Ptolonmeu III, entre 247 a 222 A.C., e Ptolomeu Fiscom, 169 a 165 e 146 a 117 A.C. O grande assunto da obra e a sabedoria. É valioso tratado de Ética. Há lugares que fazem lembrar os livros de Provérbios, Eclesiastes e porções do livro de Jó, das escrituras canônicas, e do livro apócrifo, Sabedoria de Salomão. Nas citações deste livro, usa-se a abreviatura Eclus, para não confundir com Ec abreviatura de Eclesiastes.
Baruque: Baruque era amigo do Jeremias. Os primeiros cinco capítulos do seu livro pertencem à sua autoria, enquanto que o sexto é intitulado “Epístola de Jeremias.” Depois da introdução, descrevendo a origem da obra, Baruque 1.1,14, abre-se o livro com três divisões, a saber:
1) Confissão dos pecado. de Israel e orações, pedindo perdão a Deus, Baruque 1.15, até 3.8. Esta parte revela ter sido escrita em hebraico, como bem o indica a introdução, cap. 1:14. Foi escrita 300 anos A.C.
2) Exortação a Israel para voltar à fonte da Sabedoria, 3.9 até 4.4.
3) Animação e promessa de livramento, 4.5 até 5.9. Estas duas seções parece que foram escritas em grego, pela sua semelhança com a linguagem dos Setenta. Há dúvidas, quanto à semelhança entre o cap. 5 e o Salmo de Salomão, 9. Esta semelhança dá a entender que o cap. 5 foi baseado no salmo, e portanto, escrito depois do ano 70, A.D., ou então, que ambos os escritos são moldados pela versão dos Setenta. A epístola de Jeremias exorta ou judeus no exílio a evitarem a idolatria de Babilônia. Foi escrita 100 anos A.C.
Primeiro Livro dos Macabeus: E um tratado histórico de grande valor, em que se relatam 05 acontecimentos políticos e os atos de heroísmo da família levítica dos Macabeus durante a guerra da lndependência judaica, dois séculos A.C. O autor é desconhecido, mas evidentemente é judeu da Palestina. Há duas opiniões quanto à data em que foi escrito; uma dá 120 a 106 A.C., outra, com  melhores fundamentos, entre 105 e 64 A.C. Foi traduzido do hebraico para o grego.
Segundo Livro dos Macabeus: É inquestionavelmente um epítome da grande obra de Jasom de Cirene; trata principalmente da história Judaica desde o reinado de Seleuco IV, até à morte de Nicanor, 175 e 161 A.C. É obra menos importante que o primeiro livro. O assunto é tratado com bastante fantasia em prejuízo de seu crédito, todavia, contém grande soma de verdade. O livro foi escrito depois do ano 125 A.C. e antes a tomada de Jerusalém, no ano 70 A.D.

Adição à História de Daniel:

O cântico dos três mancebos (jovens): Esta produção foi destinada a ser Intercalada no livro canônico de Daniel, entre caps. 3.23,24. É desconhecido o seu autor e ignorada a data de sua composição. Compare os versículo, 35-68 com o Salmo 148.

A história de Suzana: É também um acréscimo ao livro de Daniel, em que o seu autor mostra como o profeta, habilmente descobriu uma falsa acusação contra Suzana, mulher piedosa e casta. Ignora-se a data em que foi escrita e o nome de seu autor.
Bel e o dragão: Outra história introduzida no livro canônico de Daniel. O profeta mostra o modo por que os sacerdotes de Bel e suas famílias comiam as viandas oferecidas ao ídolo; e mata o dragão. Por este motivo, o profeta é lançado pela segunda vez na caverna dos leões. Ignora-se a data em que foi escrita e o nome do autor.
Oração de Manassés, rei de Judá quando esteve cativo em Babilônia. Compare, 2º Cr 33.12,13. Autor desconhecido. Data provável, 100 anos A. C.
Ester: Acréscimo de capítulos que não se acham nem no hebreu, nem no caldaíco. O livro canônico de Ester termina com o décimo capítulo. A produção apócrifa acrescenta dez versículos a este capitulo e mais seis capítulos, 11-16. Na tradução dos Setenta, esta matéria suplementar é distribuída em sete porções pelo texto e não interrompe a história. Amplifica partes da narrativa da Escritura, sem fornecer novo fato de valor, e em alguns lugares contradiz a história como se contém no texto hebreu. A opinião geral é que o livro foi obra de um judeu egípcio que a escreveu no tempo de Ptolomeu. Filometer, 181-145 A.C.


BÍBLIA "PROTESTANTE" X BÍBLIA "CATÓLICA"

Respondendo a pergunta, na qual sempre sou inquirido por  meus alunos, se existem diferenças entre a Bíblia protestante e a Bíblia católica, resolvi postar este texto que apresenta a diferença básica entre uma e outra, para saber mais detalhes acesse a postagem, LIVROS APÓCRIFOS.
A Bíblia protestante é constituída por 66 livros, 39 dos quais formam o Antigo Testamento e 27 o Novo Testamento. Já a Bíblia católica possui, além desses 66 livros, outros sete livros completos (Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Baruque, Sabedoria e Eclesiástico) e alguns acréscimos ao texto dos livros de Ester (10:4 a 11:1 ou a 16:24) e Daniel (3:24-90; caps. 13 e 14). Esses livros e fragmentos adicionais são chamados de deuterocanônicos , pelos católicos, e de apócrifos, pelos protestantes. Os apócrifos (ou deuterocanônicos) foram produzidos, em sua maioria, durante os dois últimos séculos a.C. Embora não fizessem parte da Bíblia hebraica dos judeus da Palestina, eles foram incorporados à tradução da Bíblia ao latim (Vulgata Latina), que preservou e popularizou esses acréscimos durante a Idade Média.

Já o Concílio de Trento decretou em sua Quarta Sessão, reunida em 8 de abril de 1546, o reconhecimento dos apócrifos da Vulgata Latina como genuinamente "sagrados e canônicos ". Conseqüentemente, todas as versões católicas da Bíblia preservam até hoje esses escritos. Os protestantes, por sua vez, reconhecem o valor histórico dos apócrifos, mas não os consideram como canônicos ou inspirados. Esta posição deriva do fato de tais escritos não fazerem parte do cânon hebraico do Antigo Testamento, não haverem sido citados por Cristo ou pelos apóstolos no Novo Testamento e  apresentarem ensinamentos contrários ao restante das Escrituras. 

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

HISTÓRIA DO AMAPÁ (PARTE III) A INAUGURAÇÃO DA USINA COARACY NUNES

Quase 30 anos já se passavam, desde os estudos iniciais, quando as obras da Usina Hidroelétrica  Coaracy Nunes finalmente entram em sua fase decisiva, com a constituição das Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (ELETRONORTE), em 20 de junho de 1973, tendo a mesma por força do Decreto Presidencial No 74.303 de 19 de julho de 1974, encampado os bens e instalações vinculadas a concessão da produção de energia elétrica da Usina Hidroelétrica Coaracy Nunes e sistema de transmissão associado, cabendo a mesma, promover o desenvolvimento das obras e arregimentar e preparar o quadro de pessoal para a manutenção e operação da do sistema Coaracy Nunes.
A  ELETRONORTE então assumiu o controle das obras, promoveu-se então a complementação das obras civis, concluiu a montagem, ajustes,  recepção e testes operacionais dos equipamentos. Visando impedir instabilidades das unidades geradoras devido o pouco consumo de energia na capital, decidiu-se pela instalação de um dispositivo capaz de consumir parte da energia gerada (resistência liquida), ligada ao barramento de 15 Kv, capaz de dissipar uma potência média de 5 Mw. No mês de agosto, iniciaram-se os testes e ensaios no grupo gerador no  01 e em outubro o de no 02.  Em setembro era energizado, em 69 Kv, o sistema de transmissão, incluindo a Subestação de Macapá, o que permitiu  finalmente suprir a cidade com energia da Usina Hidroelétrica Coaracy Nunes a partir de 12 de outubro, em caráter experimental, até novembro quando teve início a operação comercial.
 A inauguração oficial da Usina ocorreu no dia 13 de janeiro de 1976, o jornal A Província do Pará, assim noticiou sobre o acontecimento: “... foi inaugurada oficialmente às 10:17 minutos de ontem a Usina Hidroelétrica Coaracy Nunes, quando o Presidente Ernesto Geisel, ladeado por algumas das mais expressivas figuras da vida pública e política nacional, acionou o dispositivo da 1a turbina, em rápida solenidade realizada no andar superior do edifício onde se encontra instalado o complexo e moderno mecanismo da casa de força daquela unidade geradora.” (A PROVÍNCIA DO PARÁ, 14/01/76). 

O ato solene transcorreu com as presença ilustres, além do Presidente da República,  de inúmeras autoridades como o Ministro das Minas e Energia Shigeaki Ueki,  Ministro do Interior, Maurício Rangel Pires, o governador do Estado Arthur de Azevedo Henning, citamos também Jarbas Passarinho, Alacid Nunes, Antonio Carlos Magalhães, Gabriel Hermes, Cesar Cals, Raul Garcia Llano, presidente da Eletronorte, Dario Gomes, Augusto Antunes, Janari Nunes, também ressalta-se a presença da Sra. Carmem Nunes, viúva do Deputado Coaracy Nunes, a quem coube desdobrar a Bandeira Nacional, inaugurando solenemente um marco comemorativo do evento, localizado no Salão de recepção da Usina.

“Convidamos os empresários e investidores do Brasil e do mundo todo, para virem participar dessa nova fase de industrialização do Território, utilizando a energia que se acha disponível... A Amazônia e o Brasil estão de parabéns, pela inauguração da Usina Hidroelétrica Coaracy Nunes. O Amapá festeja com júbilo geral, a nova fase que se inicia, verdadeira data da INDEPENDÊNCIA ECONÔMICA do Amapá.”( Parte do discurso de Janary Nunes em A PROVÍNCIA DO PARÁ, 14/01/76). 
 “... Esta obra, Sr. Presidente, com seus erros e acertos, é o retrato mesmo do pioneirismo da área - mesclagem do ideal propulsor com a adversidade das condições do meio e a insuficiênciade recursos humanos e materiais... Nada porém, invalida o trabalho e o ideal dos que a imaginaram, iniciaram e a executaram como o instrumento para o desenvolvimento desta área tão remota do Território Nacional.”( Parte do discurso do Cel. Raul Llano, Presidente da Eletronorte. A PROVÍNCIA DO PARÁ 14/01/76).

GILSON CARLOS
Historiador